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ao Espaço Conselhos

Da primeira ecografia ao bacio, passando pela escolha da cadeira-auto… Temos resposta para tudo quando se trata das crianças e de si!

A inesquecível idade, dos 2-3 anos, que dizem "não"

Durante algum tempo, o seu filho vai dizer que não a tudo, seja à roupa que não quer vestir, ao infantário para onde não quer ir, ou a todas as suas habituais atividades que não quer fazer. Segundo os especialistas, corresponde à primeira etapa de autonomia da criança que vai desenvolver a sua socialização.

Como reagir a este comportamento em casa


A criança começa a dizer "não" por volta dos 2-3 anos para afirmar a sua personalidade. Como devemos gerir esta fase que faz parte do desenvolvimento de qualquer criança?
Quando as crianças só sabem dizer "não", os pais têm de ter paciência e aguentar a sua posição com firmeza. Esta é também uma grande etapa de aprendizagem na parentalidade. É necessário apoiar e encorajar a criança na construção da sua identidade, ensinando-lhe a respeitar as regras, a não ultrapassar limites e a não desrespeitar as proibições. Segundo os especialistas, o objetivo é que ela se torne sociável. Assim, é um grande jogo de cintura e de equilíbrio entre permitir que possa afirmar a sua personalidade e ensiná-la a ter respeito pelos outros.

No infantário, é outra lugar onde as crianças terão que respeitar regras, desta vez ditadas pela educador(a) de infância. O seu nome será utilizado pela educador(a) e pelos amiguinhos da sala e a criança desta forma, torna-se ligada ao grupo onde está inserida. Cada criança tem também a sua maneira de ser e pretende que seja alvo de atenção dos seus amigos de infantário, o que irá contribuir para a sua forma de socialização com os outros. Toda esta forma de interação e socialização, requerer a atenção e vigilância da educador(a).

A construção da sua identidade na escola


Por vezes, o comportamento da criança pode ser diferente em casa e na escola. Em casa, o meio familiar acaba por ser a zona de conforto e um lugar especialmente adaptado à criança. Na escola, pelo contrário, é menos tolerante, mais exigente e também mais dinámico. O que desta forma, permite construir favoralmente a sua autonomia e preparar a criança dos desafios que irá enfrentar no futuro. Se alguma coisa de errada se passar na escola, poderá significar que há comportamentos exagerados e a criança está com dificuldades em gerir a sua identidade e os novos limites que são impostos.

Se as dificuldades e os bloqueios persistem


Se a criança está constantemente a afirmar-se e está permanentemente no centro de conflitos, será importante inscrevê-la em algum desporto que ajude a canalizar a sua energia e ajude a ter que respeitar regras, como por exemplo as artes marciais (judo, karaté,...). Em contrapartida, se a criança se mostrar demasiado calma, sem se afirmar, as atividades de expressão manual como o desenho ou a pintura, poderão ajudar a ganhar autoconfiança.